
-
Arquitetos: Nommo Arquitetos
- Área: 1693 m²
- Ano: 2024
-
Fotografias:Eduardo Macarios

Descrição enviada pela equipe de projeto. Condensar e atravessar. Permear o que é sólido. Sobre um lote de esquina que conforma um desnível entre duas vias se projeta um conjunto de oito casas em série que busca confrontar esses conceitos que parecem antagônicos.


A unidade formal do projeto trata o conjunto como um único bloco contínuo. No entanto, esse volume é rasgado ao centro, criando um vazio que organiza os acessos e fluxos das habitações. O vazio gerado por esse miolo é também preenchido pelo movimento dos moradores para criar espaços de encontro entre os habitantes.


O desnível do terreno permite que o acesso de veículos ocorra pelo nível inferior, onde se localizam as garagens, depósitos e áreas de serviço. Assim, o pavimento térreo eleva-se como uma grande praça interna com floreiras, bancos e acessos diretos às áreas sociais das casas, reforçando a ideia de vilarejo ao criar aberturas para esse centro que permitem o atravessamento de visuais, maior insolação e ventilação cruzada nos ambientes.

Os muros de divisa recebem um revestimento de pedra que busca consolidar a ideia de solidez da base. Já o volume superior é coberto por placas cimentícias e painéis de madeira, que contrastam com as texturas do térreo. As aberturas recuadas, além de trazerem profundidade, abrigam floreiras. Na esquina, uma janela em ângulo evidencia a continuidade da fachada e suaviza a volumetria ao revelar sua permeabilidade.

A arquitetura emerge, assim, como mediação entre unidade e fragmento, articulando o vazio central como potência organizadora do espaço, revelando novas possibilidades de convivência e habitação.

























